terça-feira, 29 de setembro de 2020

As fases da Globalização - GEOGRAFIA



  As fases da Globalização - GEOGRAFIA


 As fases da Globalização

                   A globalização pode ser subdivida em quatro principais estágios, nos quais o sistema capitalista foi conhecendo a sua gradativa mundialização. O início da globalização, embora existam discordâncias, ocorreu ao longo do século XV, de acordo com a maioria dos autores que abordam essa temática. Desde então, esse fenômeno de integração gradativa das diferentes áreas do planeta passou por diversos processos evolutivos até chegar ao seu estágio atual. Assim, costuma-se periodizar historicamente o fenômeno a partir das suas distintas fases, que podem diferenciar-se conforme a abordagem ou o critério utilizado em sua elaboração teórica. No presente texto, apontaremos a formação do sistema-mundo atual a partir de quatro fases da globalização, embora existam também abordagens que subdividam esse fenômeno em três períodos distintos.

 A Primeira Fase da Globalização (século XV ao XIX)

                   Podemos dizer que o início da globalização ocorreu com a expansão marítima europeia, responsável por uma transformação gradativa da estrutura social da época. Anteriormente, não se pode dizer que havia uma globalização, uma vez que o predomínio era do isolamento das sociedades em economias relativamente autônomas e pouco ou nada integradas entre si. Dessa forma, durante o final do século XV e o início do século XVI, o avanço das navegações europeias consolidou então uma implosão no sistema-mundo vigente, uma vez que os meios de transporte e comunicação conheceram os seus primeiros grandes avanços rumo à total integração dos mercados internacionais. Com efeito, a busca por novos mercados e, principalmente, por matérias-primas, como especiarias e metais preciosos, incentivou os navegadores europeus a buscarem novas terras e também novas rotas para os diferentes mercados. Um exemplo foi a busca pelas Índias por novos caminhos após a tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos. Em resumo, a principal característica desse período foi a formação das colônias europeias na América e, mais tarde, na África e na Ásia, tornando o “velho continente” como o grande precursor e articulador da globalização e da mundialização do sistema  capitalista em todo o planeta. Nesse período, então, consolidou-se a Divisão Internacional do Trabalho (DIT), em que a Europa fornecia mercadorias e as demais áreas forneciam matérias-primas e trabalho escravo (Sistema Colonial).

 

A Segunda Fase da Globalização (meados do século XIX e meados do século XX)

 Com a expansão da dominação colonial europeia sobre territórios da Ásia e, principalmente, da África, além da consolidação do processo de industrialização no continente europeu, a Globalização entrou, então, em uma nova fase. Nesse período, houve então a formação daquilo que se denominou por Capitalismo Industrial, além de se formarem as bases para a instauração (aplicação) do Capitalismo Financeiro. Com os avanços promovidos na área da indústria e os recursos captados por aquilo que se convencionou chamar de “mundo desenvolvido” a partir da exploração de suas colônias ou áreas de dominação econômica, os sistemas de transporte e comunicação ampliaram-se, havendo a criação e difusão de ferrovias, telégrafos, sistemas de telefonia, além do uso dos automóveis, aviões, entre outros. Com isso, o mundo foi se tornando cada vez mais interligado, embora tal interligação obedeça a uma hierarquia de dominação e dependência socioeconômica. Nessa fase da globalização, a DIT ampliou-se. Enquanto os países desenvolvidos produziam e forneciam produtos industrializados, as colônias e países subdesenvolvidos limitavam-se ao fornecimento de produtos primários

 

ATIVIDADES

1. A logística diz respeito ao processo de planejamento, transporte e armazenamento de mercadorias. Em relação a história e o início do processo de globalização, qual meio de transporte foi o responsável pela logística que iniciou a integração do comércio e economia mundial?

a) O trem de ferro na I Revolução Industrial.

b) As canoas e demais embarcações na navegação fluvial.

c) As caravelas durante as grandes navegações.

d) Os navios porta-contêineres da Revolução Tecnológica.

2. Na segunda fase da globalização, a produção no sistema colonial se expressava na

a) produção e comercialização de mercadorias industriais nas metrópoles e na exploração e produção de mercadorias primárias nas colônias.

b) produção e comercialização de mercadorias artesanais nas colônias e na exploração e produção de mercadorias primárias nas metrópoles.

c) exploração e comercialização de mercadorias industriais nas colônias e na exploração e produção de mercadorias primárias nas metrópoles.

d) exploração e comercialização de mercadorias primárias nas colônias e na produção e comercialização de mercadorias artesanais nas metrópoles.

3. A chamada “Terceira Revolução Industrial” trouxe vários avanços tecnológicos que aprofundaram ainda mais os efeitos da globalização. Dentre eles, ocorreu

a) a criação e difusão de ferrovias, telégrafos, sistemas de telefonia, além do uso dos automóveis, aviões, entre outros.

b) a busca por novos mercados e, principalmente, por matérias-primas, como especiarias e metais preciosos, que incentivou os navegadores europeus a buscarem novas terras e também novas rotas para os diferentes mercados.

c) a Divisão Internacional do Trabalho (DIT), em que a Europa fornecia mercadorias e as demais áreas forneciam matérias-primas e trabalho escravo (Sistema Colonial).

d) um grande avanço na área da informação como também nos transportes, com o desenvolvimento da informática, da robótica, da internet e também da biotecnologia.

 

 






A Terceira Fase da Globalização (Guerra Fria)

 Essa fase da globalização estendeu-se do final da Segunda Guerra Mundial ao final da Guerra Fria e coincidiu com o período da Ordem Mundial marcado pela bipolaridade. Nessa época, o mundo viu a formação de dois grandes blocos de poder: de um lado, um liderado pelos Estados Unidos, o “bloco capitalista”; de outro, um liderado pela União Soviética, chamado de “bloco socialista”, embora não houvesse um sistema socialista de fato. Se, por um lado, a Guerra Fria gerou muito pânico no mundo a respeito de uma suposta guerra nuclear, por outro, esse período foi marcado por grandes avanços na área tecnológica, principalmente em razão da corrida armamentista e também da corrida espacial, que permitiu uma soma inestimável de conhecimentos científicos. Tais conhecimentos foram respaldados pela emergência da Terceira Revolução Industrial, mais conhecida como Revolução Técnico-científica Informacional. Nesse sentido, foram realizados avanços na área da informação e também dos transportes, com o desenvolvimento da informática, da robótica, da internet e também da biotecnologia. Os instrumentos anteriormente existentes foram aperfeiçoados e novos meios de comunicação e deslocamento foram criados, promovendo, assim, uma maior e mais ampla integração mundial, embora ela permanecesse em níveis desiguais de desenvolvimento pelo mundo.

 

A Quarta Fase da Globalização (de 1989 aos dias atuais)

Com a queda do Muro de Berlim, o esfacelamento da URSS e o fim da Guerra Fria, o mundo entrou em uma Nova Ordem Mundial, e a Globalização também passou a um novo estágio. Isso porque houve então um avanço do sistema capitalista para todo o mundo, incluindo os países do então chamado “segundo mundo”, ditos socialistas ou de economia capitalista planificada. O que se vê como característica principal desse processo, além da consolidação total do sistema de globalização por meio da mundialização integral do capitalismo, é o encurtamento das distâncias e a aceleração do tempo. Quando falamos em “encurtamento”, referimo-nos à forma com que os sistemas de transporte conseguem alcançar grandes distâncias em pouquíssimo tempo. Já a aceleração do tempo refere se à velocidade com que novas tecnologias surgem e são rapidamente melhoradas ou substituídas. O sistema financeiro conseguiu avançar ainda mais por meio daquilo que o sociólogo Manuel Castells chamou por Capitalismo Informacional ou pelo o que o geógrafo Milton Santos denominou por Meio Técnico-científico informacional. No plano político, consolidaram-se o poderio econômico e militar dos Estados Unidos e a formação de polos “secundários”, tais como a União Europeia, a China e a Rússia. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fases-globalizacao.htm Acesso em: 28 de ago

 

ATIVIDADES

 

4. O se ocorreu no mundo globalizado após a queda do Muro de Berlim?


5. Em relação a percepção das pessoas no fenômeno da globalização, o que significaria o “encurtamento do mundo”?


6. O mundo globalizado possui grandes diferenças sociais em relação ao mundo do sistema colonial (séc. XV- XIX)? Explique sua resposta.




8° ANO -AMÉRICA LATINA - A MAIS URBANIZADA- GEOGRAFIA


8° ANO -AMÉRICA LATINA - A MAIS URBANIZADA- GEOGRAFIA


Data:   30. 09     

 Entrega: 07/10

América Latina: a mais urbanizada do mundo, mas não a mais planejada Mais de 80% dos latino-americanos vivem em cidades onde a insegurança urbana aumentou entre os seus cidadãos

 

 

É a cidade perfeita. Não há quase crime, nem engarrafamentos, nem contaminação ou sujeira, e o lixo é recolhido a tempo. O transporte público é pontual e sempre há onde se sentar. É o triunfo do planejamento urbano. A boa notícia: há várias cidades do mundo que poderiam competir pelo título de a “mais planejada”; a má: que nenhuma é latino-americana, ao menos por enquanto. Zurique, Singapura, Seúl, Búfalo (em Nova York) aparecem constantemente nas discussões e rankings especializados como as cidades mais planejadas do mundo. E o que as une é justamente a ideia de que a cidade é o “lar” de seus residentes e que está ali para servi-los, e não para atuar como um inimigo. Isto cobra particular relevância na América Latina, a região mais urbanizada do mundo, onde 80% da população –cerca de 450 milhões de pessoas- vivem nas cidades. Enquanto a falta de segurança aparece sistematicamente entre as principais preocupações dos latino-americanos, há outro tipo de insegurança da qual se fala pouco mas que também supõe uma ameaça para o bem-estar dos cidadãos. Trata-se, efetivamente, da estrutura e organização das cidades. Os avanços sociais e econômicos da América Latina durante a última década não vieram acompanhados de um melhor planejamento dos grandes centros urbanos, e alguns resultados visíveis são o caótico transporte privado e público, a rápida urbanização sem respeito aos códigos de construção, a deficiente prestação dos serviços públicos e a deterioração dos espaços, entre outros. Esta situação também gerou problemas para enfrentar eventualidades naturais, como o foi o recente incêndio em Valparaíso, no Chile, as recorrentes inundações em Buenos Aires ou os frequentes desabamentos de terra nas favelas do Rio de Janeiro. De acordo a estimativas do Banco Mundial, as consequências dos fenômenos naturais representam um custo para a região de dois bilhões de dólares anuais. O déficit em planejamento das cidades se destaca ainda mais quando surgem as seguintes estatísticas: para 2025, 10% da população mundial viverá em apenas 37 cidades. Por isso, arquitetos, geógrafos, engenheiros e governos da região têm o desafio de planejar com eficiência seus centros urbanos para convertê-los em locais mais habitáveis e seguros. “Na América Latina deveríamos passar por um planejamento mais estratégico e sustentável que, por um lado, mitigue (diminua) problemas existentes, como o risco de deslizamentos em morros ou falta de capacidade nos sistemas de drenagem, e por outro, que adapte as cidades para que sejam mais resilientes em relação às ameaças climáticas”, explica Santiago E. Arias, especialista em planejamento urbano do Banco Mundial.

 

                                                                      ATIVIDADES

 

NÃO É NECESSÁRIO COPIAR O TEXTO

 

ATIVIDADES

1. Qual classe social é a mais exposta aos vários riscos e problemas urbanos segundo o texto? Em termos de  localização da moradia, por que isso acontece?

 

2. Com suas palavras e de acordo com o texto, qual é a importância do planejamento das cidades para a

manutenção do bem estar da população que ali reside e coexiste?

 

3. O processo de urbanização está diretamente ligado à industrialização das sociedades. Percebe-se tal

afirmação no fato de cada uma das sucessivas revoluções industriais terem sido acompanhadas por

sucessivas explosões demográficas em diversas cidades do mundo. Sobre o processo de urbanização

associado à industrialização, julgue as afirmações abaixo com V (para verdadeiro) e F (para falso).

 

 

I. ( ) A I Revolução Industrial foi caracterizada pela forma democrática com que ocorreu, distribuindo-se

por todos os grandes países do mundo, que passaram por acentuados índices de urbanização das suas

cidades.

 

II. ( ) A urbanização é um processo mais recente nos países subdesenvolvidos em virtude da

industrialização tardia de suas economias.

 

III. ( ) A III revolução industrial foi a grande responsável pela urbanização de países subdesenvolvidos,

pois possibilitou a presença de indústrias estrangeiras nesses países e elevou o índice de pessoas em busca de

empregos nas cidades.

 

IV. ( ) A Ásia Meridional e a África Subsaariana foram as primeiras regiões do mundo a se urbanizarem

depois da Europa.

 

 


 


NÃO É NECESSÁRIO COPIAR O TEXTO

 

 DATA 07/10

Os mais expostos

 

Reflexo do Morro (e favela) da Providencia em prédio moderno e espelhado no centro do Rio. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2018 Disponível:argosfoto.photoshelter.com/image/I000 0IVZjg2KzSZc 

As ameaças à segurança nas cidades não provêm apenas dos efeitos dos desastres naturais, mas também têm a ver com a construção improvisada: por exemplo, ao construir casas em morros com risco de deslizamentos ou ao lado de rios que costumam transbordar após fortes chuvas. Embora a maior parte dos habitantes das cidades estejam expostos a esta série de perigos, são os mais pobres que estão expostos à pior parte, já que geralmente vivem em casas mais precárias e desprotegidas. Segundo um relatório de ONU-Habitat de 2012, ao redor de 111 milhões de latino-americanos vivem em bairros marginais. Como forma paliativa (superficial) de diminuir os riscos que espreitam este amplo grupo de pessoas, vários países da região estão desenvolvendo projetos para reforçar a segurança nas zonas com habitantes vulneráveis. A iniciativa CAPRA, por exemplo, tenta melhorar as formas de avaliar as ameaças climáticas na Colômbia, Peru, Chile e países da América Central e do Caribe. O Centro de Inovação Climática do Caribe também está ajudando para que países pequenos da região estejam melhor preparados para enfrentar os efeitos da mudança climática, através da criação de empresas sustentáveis.De qualquer forma, os especialistas concordam que ainda faz falta um planejamento urbano que integre todos os setores para fazer das cidades latino-americanas locais mais seguros. “Muitas cidades da América Latina sofrem os piores casos de congestionamentos do mundo. Os problemas de água e saneamento foram um grande problema nas periferias. A mudança climática aumentará os problemas de acesso à água na região”, afirma Xiaomei Tan, especialista do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF, em inglês). Estudos do Banco Mundial apontam que territórios propensos às secas, especialmente em cidades do Chile, México, Guatemala e El Salvador, serão ainda mais secos. Da mesma maneira, zonas com risco a inundações, como Argentina, Peru e Uruguai, deverão enfrentar chuvas mais intensas. As cidades latino-americanas dependerão de um melhor planejamento para que estas projeções tão pouco alentadoras não se cumpram, e permaneçam só como maus presságios. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/04/18/internacional/1397834294_310921.html .Acesso em:26 de ago de 2020

 

 

 

                                                                      ATIVIDADES

 

4. Leia o texto abaixo e assinale a alternativa correta:

A América Latina vai atingir uma taxa de urbanização de 90% até 2020, segundo um estudo inédito do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (Onu-Habitat), divulgado na manhã desta terça-feira 21. Os dados mostram que a América Latina e o Caribe são as regiões mais urbanizadas do mundo, embora uma das menos povoadas em proporção territorial. Na área, cerca de 80% das pessoas mora em cidades hoje, número superior ao de países desenvolvidos. Metade da população urbana vive em cidades com menos de 500 mil habitantes (222 milhões de indivíduos) e 14% nas megacidades (65 milhões).

Carta Capital, 21/08/2013. América Latina atingirá 90% de urbanização até 2020. Disponível em: <Carta Capital>

 

A América Latina intensificou sua urbanização a partir da segunda metade do século XX, tal processo

caracterizou-se:

a)    ( ) pelas migrações em massa das populações mais pobres de países subdesenvolvidos

.

     b) ( ) pelas baixas condições de vida da maior parte da população no espaço das grandes cidades.

 

b)    ( ) por ter sido um processo lento, gradual e planejado.

 

c)    ( ) por refletir os avanços econômicos e os sucessivos crescimentos das riquezas produzidas por nações  como Brasil e Argentina.

 

 

5. Leia o texto abaixo e responda às questões assinalando a alternativa correta:

 

Segundo o Relatório Mundial de Acompanhamento 2013 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) sobre a América Latina e Caribe, a urbanização é um estímulo importante para retirar os cidadãos da pobreza e promover o desenvolvimento. O documento avalia o progresso dos países da região no alcance dos ODM.

Levando em conta que mais de 80% dos bens e serviços mundiais são produzidos nas cidades, os países com elevados níveis de urbanização, desde a China até os da América Latina, desempenharam um papel essencial na redução da pobreza. No entanto, o relatório adverte que, se a urbanização não for administrada de modo adequado, também poderá gerar um crescimento descontrolado de favelas, doenças e delinquência.[...]

As áreas urbanas oferecem empregos mais bem remunerados e serviços básicos. Por esta razão, os pobres rurais estão dispostos a migrar e pagar para ter acesso a serviços essenciais. No Brasil, os trabalhadores rurais, cujo salário mínimo é de cerca de sete reais por hora, estavam dispostos a migrar e pagar 420 reais por ano para acesso a melhores serviços de saúde, 87 reais por água limpa e 42 reais por  eletricidade.

Organização das Nações Unidas no Brasil. Urbanização adequada pode reduzir pobreza na América Latina e Caribe, diz ONU. Disponível em ONU.org

 

a) A frase do texto “os pobres rurais estão dispostos a migrar e pagar para ter acesso a serviços essenciais”

assinala o processo de:

( ) migração rururbana

( ) urbanização planejada

( ) êxodo rural

( ) urbanização do meio agrário

 

b) O processo de favelização das cidades realiza-se em virtude:

( ) da urbanização má planejada ou desordenada

( ) da falta de empregos

( ) da ausência de espaços nas cidades

( ) da carência dos recursos públicos

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 










7° ANO- A SOCIEDADE DE CONSUMO - GEOGRAFIA





 7° ANO- A SOCIEDADE DE CONSUMO - GEOGRAFIA

ATIVIDADE:30/09 

ENTREGA: 07/10

A sociedade de consumo situa-se em uma perspectiva econômica que vem apresentando sinais de esgotamento, o que avoluma o número de críticas.

A sociedade de consumo situa-se em uma perspectiva econômica que vem apresentando sinais de

esgotamento, o que avoluma o número de críticas. A sociedade de consumo é um termo bastante utilizado para representar os avanços de produção do sistema capitalista, que se intensificaram ao longo do século XX notadamente nos Estados Unidos e que, posteriormente, espalharam-se – e ainda vem se espalhando – pelo mundo. Nesse sentido, o desenvolvimento econômico e social é pautado pelo aumento do consumo, que resulta em lucro ao comércio e às grandes empresas, gerando mais empregos, aumentando a renda, o que acarreta ainda mais consumo. Uma ruptura nesse modelo representaria uma crise, pois a renda diminuiria, o desemprego elevar-se-ia e o acesso a elementos básicos seria mais dificultado. Uma das grandes críticas ao sistema capitalista são as condições desse modelo. Suas raízes estão vinculadas ao processo de Revolução Industrial, mas foi a emergência do American Way of Life (jeito americano de viver) em 1910, nos Estados Unidos, que intensificou essa problemática. A consequência foi uma crise de superprodução das fábricas, que ficaram com grandes estoques de produtos sem um mercado consumidor capaz de absorvê-los, gerando a crise de 1929. Na época, para combater os efeitos da crise, o governo desenvolveu formas de intervir na economia e provocar o seu aquecimento em um plano chamado New Deal (Novo Acordo). Consequentemente, para que as fábricas continuassem produzindo em massa e os produtos difundissem-se, foram estabelecidos modelos de desenvolvimento pautados na melhoria de renda e no crédito facilitado com o objetivo de ampliar ainda mais o consumo. Com isso, a crise econômica do século XX teve fim, mas uma problemática ainda maior se estabeleceu, pois o consumo pelo consumo é uma maneira contraditória e ineficaz de manter o desenvolvimento das sociedades. Tal dinâmica não se modificou mesmo com a retomada do modelo neoliberal a partir da década de 1970 em todo o mundo. As críticas sobre a sociedade de consumo direcionam-se não apenas pela perspectiva econômica, mas também pelo viés ambiental. Afinal, um dos efeitos do consumismo é a ampliação da exploração dos recursos naturais para a geração de matérias-primas voltadas à fabricação de mais e mais O cartaz expressa o American Way of Live, enquanto a população carece de recursos durante a crise. mercadorias. Estimativas apontam que seriam necessários quatro planetas e meio para garantir os recursos naturais para a humanidade caso todos os países mantivessem o mesmo nível de consumo dos EUA. Com isso, há a devastação das florestas e o esgotamento até mesmo dos recursos renováveis, tais como a água própria para o consumo, as florestas e o solo. Além disso, os recursos não renováveis vão contando os dias para a escassez completa, tais como as reservas de petróleo e de diversos minérios utilizados para a fabricação dos mais diferentes produtos utilizados pela sociedade. Um dos aspectos mais criticados no que se refere à sociedade de consumo é a obsolescência programada – ou obsolescência planejada –, que consiste na produção de mercadorias previamente elaboradas para serem rapidamente descartadas, fazendo com que o consumidor compre um novo produto em breve. Assim, aumenta-se o consumo, mas também aumenta a demanda por recursos naturais e maximiza a produção de lixo, elevando ainda mais a problemática ambiental decorrente desse processo. Com isso, além da adoção de políticas sociais de controle ao consumismo exagerado, é preciso encontrar meios econômicos alternativos ao desenvolvimento pautado no consumo. Não obstante, faz-se necessária também a promoção de políticas de reciclagem, além da reutilização ou reaproveitamento dos produtos não mais utilizados, contendo, assim, a geração de lixo e a demanda desenfreada por matérias-primas. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-capitalismo-sociedade-consumo.htm Leitura complementar (opcional): https://monografias.brasilescola.uol.com.br/sociologia/processos-producao.htm Acesso em: 25 de ago de 2020.

ATIVIDADES

1.      Leia o texto a seguir.

 

Hoje acabam todos os recursos naturais gerados para 2014 A partir de hoje a Terra entra no vermelho. Segundo dados da Global Footprint Network (GFN), uma organização de pesquisa que mede a pegada ecológica do homem no planeta, em menos de 8 meses esgotamos todos os recursos que a natureza é capaz de oferecer de forma sustentável no período de um ano. Este 19 de agosto é o dia da Sobrecarga da Terra (em inglês, Overshoot Day).

Isto significa que pelo resto do ano, vamos manter o nosso déficit ecológico: reduziremos nossas reservas e aumentaremos ainda mais a quantidade de CO2 produzido na atmosfera [...]. De acordo com os cálculos da GFN, seria necessário 1,5 planeta para produzir os recursos ecológicos necessários para suportar a atual pegada ecológica mundial. (Beatriz de Souza. Revista Exame, 19/08/2014).

 Assinale a melhor medida possível para a solução ou a diminuição do problema apontado pelo texto acima:

 a) ( ) Conscientizar as pessoas a abandonarem o consumo de matérias-primas em geral.

b) ( ) Criar tecnologias que façam com que o homem não utilize mais recursos naturais.

c) ( ) Os 3 R’s: reduzir o consumo, reaproveitar os produtos que consumimos e reciclar o lixo.

d) ( ) Reflorestar tudo o que for desmatado e recuperar rapidamente os solos erodidos.

 

 

 2. Leia o texto a seguir.

 Entenda o que é obsolescência programada.

 Conforme usamos um produto, é natural que este sofra desgastes e se torne antigo com o passar do tempo. O que não é natural é que a própria fabricante planeje o envelhecimento de um produto, ou seja, programar quando determinado objeto vai deixar de ser útil e parar de funcionar, apenas para aumentar o consumo. Apesar do avanço tecnológico, que resultou na criação de uma diversidade de materiais disponíveis para produção e consumo, hoje nossos eletrodomésticos são piores, em questão de durabilidade, do que há 50 anos. Os produtos são fáceis de comprar, mas são desenhados para não durar. Por esta razão, o consumidor sofre para dar a eles uma destinação final adequada e ainda se vê obrigado a comprar outro produto. (Fonte: Acesso em 21 fev. 2013.) Tendo seus estudos e esse pequeno texto como referência, responda o que se pede.

 

 a) Descreva um objeto usado no seu dia a dia no qual você perceba a obsolescência programada e explique porque esse objeto é desenhado para não durar.

 

 b) A obsolescência programada está vinculada à forma de funcionar do sistema capitalista. Para essa vinculação é importante que se saiba os princípios do capitalismo, como por exemplo, a acumulação do capital. Faça uma pesquisa e dê um outro exemplo de princípio capitalista e o explique (vide a leitura complementar).

 

3. Vivemos numa sociedade extremamente consumista, havendo grande utilização dos recursos naturais e degradação ambiental. Com os atuais modos de produção e consumo, é possível alcançar o desenvolvimento sustentável? Por quê?

 

 


 

ATIVIDADES 


DATA; 07/10


ENTREGA;14/10



4. A expressão american way of life (“estilo de vida americano”) marcou um determinado período da

História contemporânea. Em relação às questões que contribuem para o entendimento dessa expressão e ao

período a que se referem, assinale a alternativa incorreta.

 

a)      ( ) Refere-se ao consumismo acelerado e ao crescimento industrial norte-americano, estimulados pelo forte protecionismo a partir da década de 1920.

 

b) ( ) O cinema e os programas de TV americanos foram importantes veículos do american way of life.

Assim, as pessoas de diferentes lugares do mundo conheceram as casas da classe média americana com seus modernos carros e eletrodomésticos.

 

c) ( ) O estilo americano de vida, sobretudo o poder de consumo, espalhou-se aos diferentes lugares do

mundo, sendo adotado e adaptado pelas mais diferentes culturas, inclusive a brasileira.

d) ( ) Expressão usada para se referir à Guerra da Secessão Americana (guerra civil histórica entre norte liberal e sul escravista).

 

 

5. Qual foi o principal fator que resultou na crise de 1929? O governo participou deste processo? Explique.

 

 

6. Cite quais são as principais críticas a sociedade de consumo.





















quinta-feira, 24 de setembro de 2020

6 ANO - JOGOS E BRINCADEIRAS - ARTE

 


6 ANO - JOGOS E BRINCADEIRAS  - ARTE

ENTREGAR DIA :09/10 

Os jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais são elementos importantes da cultura brasileira. Foram passados de geração em geração e muitas vezes, desconhecemos a sua origem. Algumas foram trazidas para o Brasil pelos colonizadores portugueses, outras pelos africanos e outras já eram praticadas pelos indígenas que aqui viviam. Muitas dessas brincadeiras sofrem variações no nome e na forma de brincar nas diversas regiões do Brasil, mas as regras são bem parecidas. Veremos que vários artistas exploraram esse tema em suas obras.

 


01. Observe as imagens abaixo e responda as questões a seguir:

         

     Menino com Pião

 



 


“Lembranças da minha Infância”- Ricardo Ferrari








CIRANDA  


A-COMO CHAMA ESSA OBRAS DE ARTE?



02. Faça uma pesquisa sobre:

 

A) Dois jogos, brinquedos ou brincadeiras trazidos para o Brasil pelos portugueses _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________

 

 B) Dois jogos, brinquedos ou brincadeiras de influências africanas: _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ ____

 

C) Dois jogos, brinquedos ou brincadeiras de influências indígenas _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 



03. No espaço abaixo, escolha uma das brincadeiras pesquisadas acima e represente-a por meio do desenho

 




terça-feira, 15 de setembro de 2020

PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO - GEOGRAFIA


 


PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO - GEOGRAFIA






 -PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO - GEOGRAFIA 



Tema/ objeto de conhecimento: Processo de globalização

 A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte.

Mas o que é globalização exatamente?

 O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de resumo, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, que se expressa na conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.

Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo. Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo se encontra cada dia mais globalizado. O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.

A origem da Globalização

Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior expansão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo. De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução Técnico-CientíficaInformacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para a expansão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte. Portanto, a título de resumo, podemos considerar que, se a globalização se iniciou há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.

Aspectos positivos e negativos da globalização

     Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente. Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no centro desse debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que liga a questão às contradições do capitalismo. Além disso, acusa-se a globalização de proporcionar uma desigual forma de comunicação entre os diferentes territórios, em que culturas, valores morais, princípios educacionais e outros são reproduzidos obedecendo a uma ideologia dominante. Nesse sentido, forma-se, segundo essas opiniões, uma hegemonia em que os principais centros de poder exercem um controle ou uma maior influência sobre as regiões economicamente menos favorecidas, destruindo, assim, seus costumes tradicionais. Entre os aspectos positivos da globalização, é comum citar os avanços proporcionados pela evolução dos meios tecnológicos, bem como a maior expansão de conhecimento. Assim, por exemplo, se a cura para uma doença grave é descoberta no Japão, ela é rapidamente difundida (a depender do contexto social e econômico) para as diferentes partes do planeta. Outros pontos considerados vantajosos da globalização é a maior expansão comercial e também de investimentos, entre diversos outros fatores. É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da ideologia empregada em sua análise. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/globalizacao.htm Acesso em: 21 de ago de 2020.

ATIVIDADES

 1. Assinale um dos eventos abaixo enumerados que NÃO possui relação direta com o processo de globalização:

a) ( ) A expansão dos comércios locais e a diminuição das corporações internacionais.

b) ( ) A formação de blocos econômicos regionais.

c) ( ) A propagação do inglês como idioma universal.

 d) ( ) O “encolhimento” do mundo graças à redução das dificuldades de comunicação e transporte entre as diferentes regiões do planeta.


 2. Quais aspectos da globalização expressam a ideia de que o mundo se tornou uma “aldeia global”?


3. Qual é a ideia predominante sobre a origem da globalização?

 



DATA ;23/09    ENTREGA;30/09

4. Quais são os aspectos negativos mais discutidos sobre o fenômeno da globalização?

 

 5. Cite os aspectos positivos mais conhecidos da globalização.

 

6. Você consome coisas (produtos) ou possui práticas (hábitos) originadas do processo de globalização? Explique sua resposta.


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8° ANO - BRIGA DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA - GEOGRAFIA


 

8° ANO - BRIGA DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA - GEOGRAFIA

DATA:16/09     ENTREGA: 23/09



NÃO É NECESSÁRIO COPIAR O TEXTO 


                         BRIGA DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA

As relações no sistema internacional nunca se fazem sozinhas: o crescimento de um país pode ser visto tanto como oportunidade quanto ameaça. O desenvolvimento de armamentos pode significar guerra em potencial, enquanto que assinar acordos e tratados podem fortalecer canais de cooperação. Definitivamente a interação entre os países tem suas consequências. Agora jogue nessa bagunça internacional duas das maiores economias da atualidade e uma história de afastamento e aproximação. O resultado é complexo.

                                          Disputa pelo primeiro lugar

O crescimento da China assusta e abala a posição de conforto dos EUA no topo do sistema internacional. Isso significa que, cada vez mais, os Estados Unidos perdem sua posição como indiscutível potência hegemônica. E o que, de maneira simples, significa hegemonia? Bem, significa que os EUA têm relevância direta à nível global em áreas como economia, defesa e diplomacia, conferindo ao país influência internacional e, consequentemente, muito poder. E é contra toda essa influência mundial que a China propõe oposição, seja porque o PIB da China aumenta quase dez vezes mais rápido que o dos EUA, ou porque as despesas militares da China (tendo chegado, em 2011, um orçamento militar de US$ 91,7 bilhões) ameaçam ultrapassar as de Washington, e até porque, desde 2008, a China tem achado brechas nos países capitalistas fragilizados para se impor no cenário internacional.

 

                                   EUA e China: uma relação de interdependência

Você poderia pensar que isso se encaminharia para um conflito gigantesco, certo? Mas a resposta não é tão simples assim. A verdade é que esses dois gigantes são tão inimigos quanto dependentes um do outro. Em inúmeras áreas existe cooperação efetiva entre EUA E China: na luta contra o terrorismo, na tentativa de conter a proliferação de armas de destruição em massa ou na luta contra a crise financeira. A realidade é que, por mais que essas duas economias disputem o cenário econômico mundial, elas não conseguiriam se sustentar nele sozinhas. A China, desde a década de 2000, tem investido muito fortemente no Tesouro norte-americano e se tornado uma das maiores exportadoras para a América. Isso, de maneira prática e simples, significa que é muito do dinheiro da China que estabiliza a economia dos EUA, tanto porque empresta dinheiro ao governo em troca de um tipo de remuneração, com juros (através do investimento no Tesouro), quanto porque faz dinheiro entrar no país (com as exportações). De maneira complementar, é justamente a compra de produtos pelo mercado estadunidense que garante o que chamamos de superávit (altos níveis de exportação) na balança comercial chinesa e a estabiliza como uma das economias que mais exporta. A compra e a venda de produtos são extremamente necessárias, de formas diferentes, para os dois mercados. A questão é complexa: como coordenar uma situação onde se relacionar com um país para garantir a sobrevivência da sua economia é também fazer com que a dele cresça? E como não deixar que esse crescimento te tire de sua posição de poder mundial? É por isso que os EUA parecem esse país tão “indeciso”, que ao mesmo tempo que recebe produtos chineses, acusa o país de violar as regras de mercado, de concorrer de forma “desleal”. É uma relação paradoxal de “cuspir no prato que come”, pois ao mesmo tempo que “se alimenta” dos produtos chineses, acaba por alavancá-los, temendo que sejam superados por eles.

 

E o mais irônico dessa história toda é que foram as próprias potências que, no começo do desenvolvimento de Pequim, se envolveram em uma relação tóxica de dependência. Os EUA tiraram proveito de uma mão de obra de baixo custo e consumo barato, ao mesmo tempo que mandavam suas empresas poluentes para a Ásia. As empresas em território asiático eram oportunidade de emprego ao mesmo tempo que oportunidade de desenvolvimento para um mercado que era novo na economia global. Saldo final e duradouro: nos EUA e China, baixa nos empregos e ataque ao meio ambiente, respectivamente. “Parceria” essa que dura até os dias de hoje, com altos níveis de emissão de carbono e economias dependentes. Contudo, a vantagem mais significante dos EUA em comparação aos chineses é a sua ideologia: enquanto a cultura norte-americana já é facilmente difundida por todo o mundo, a cultura asiática, caracterizada por um maior conservadorismo e tradicionalismo, não encontra tamanha abertura, até porque bate de frente com o “poder do Ocidente”, ou seja, tradições mais liberais. A cultura dos EUA é tão difundida ao redor do mundo que qualquer oposição causa estranheza a um mundo acostumado com liberdades, tanto política quanto econômicas. A penúltima administração dos EUA, pelo ex-presidente Barack Obama, tinha estabelecido canais de diplomacia. Mas o atual presidente Trump parece ter outras ideias para essa relação complexa. Texto completo disponível em: https://www.politize.com.br/eua-e-china-guerra-comercial/ Acesso em: 20 de ago de 2020.

 

1. Quais foram os proveitos obtidos pelas empresas e economia norte-americana em relação a mão de obra chinesa?

 2. Cite os principais aspectos da interdependência entre as economias chinesa e norte-americana.

 

 3. Qual é o principal problema dos EUA ao se tornar parceiro comercial da China?

 

4. "Trata-se, na verdade, de uma tentativa de conciliar o processo de abertura econômica (o estímulo à iniciativa privada, ao capital estrangeiro, à modernização do país) com a manutenção, no plano político, de uma ditadura de partido único."  O texto refere-se ao sistema político-econômico adotado no(a)

a) ( ) EUA

b) ( ) Coréia do Sul.

 c) ( ) Rússia.

d) ( ) China

 DATA ;23/09                  ENTREGA; 30/09

 5. A China, desde meados dos anos setenta, tem passado por grandes transformações sociais e econômicas. Sobre essas transformações, todas as alternativas apresentam características da China atual, EXCETO

a) ( ) A China permanece oficialmente socialista, e o Partido Comunista continua a exercer o controle do poder no país.

b) ( ) A propriedade do Estado continua marcante apesar da expansão dos setores cooperativista e privado.

c) ( ) Os ramos vitais da indústria, os bancos, as ferrovias, as telecomunicações e o setor energético continuam sendo controlados pelo Estado.

 d) ( ) O setor agrícola permanece intocável e não foi afetado pelas medidas de modernização da economia de mercado

 

6. Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o protótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. (…).

 Já a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos ‘made in USA’, esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas. (Renato Ortiz, Mundialização e Cultura) O texto ilustra como em certos países produz-se tanto um carro esporte caro e sofisticado, quanto roupas que nem sequer levam uma etiqueta identificando o país produtor.

De fato, tais roupas costumam ser feitas em fábricas — chamadas “maquiladoras” — situadas em zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre têm direitos trabalhistas garantidos.

 A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que

 

 a) ( ) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela aproximação entre um centro rico e uma periferia pobre.

 b) ( ) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de produção dos bens e mercadorias.

c) ( ) reafirma as diferenças entre um centro rico e uma periferia pobre, tanto dentro como fora das fronteiras dos Estados Nacionais.

 d) ( ) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais e do intercâmbio de tecnologia.



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