terça-feira, 15 de setembro de 2020

8° ANO - BRIGA DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA - GEOGRAFIA


 

8° ANO - BRIGA DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA - GEOGRAFIA

DATA:16/09     ENTREGA: 23/09



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                         BRIGA DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA

As relações no sistema internacional nunca se fazem sozinhas: o crescimento de um país pode ser visto tanto como oportunidade quanto ameaça. O desenvolvimento de armamentos pode significar guerra em potencial, enquanto que assinar acordos e tratados podem fortalecer canais de cooperação. Definitivamente a interação entre os países tem suas consequências. Agora jogue nessa bagunça internacional duas das maiores economias da atualidade e uma história de afastamento e aproximação. O resultado é complexo.

                                          Disputa pelo primeiro lugar

O crescimento da China assusta e abala a posição de conforto dos EUA no topo do sistema internacional. Isso significa que, cada vez mais, os Estados Unidos perdem sua posição como indiscutível potência hegemônica. E o que, de maneira simples, significa hegemonia? Bem, significa que os EUA têm relevância direta à nível global em áreas como economia, defesa e diplomacia, conferindo ao país influência internacional e, consequentemente, muito poder. E é contra toda essa influência mundial que a China propõe oposição, seja porque o PIB da China aumenta quase dez vezes mais rápido que o dos EUA, ou porque as despesas militares da China (tendo chegado, em 2011, um orçamento militar de US$ 91,7 bilhões) ameaçam ultrapassar as de Washington, e até porque, desde 2008, a China tem achado brechas nos países capitalistas fragilizados para se impor no cenário internacional.

 

                                   EUA e China: uma relação de interdependência

Você poderia pensar que isso se encaminharia para um conflito gigantesco, certo? Mas a resposta não é tão simples assim. A verdade é que esses dois gigantes são tão inimigos quanto dependentes um do outro. Em inúmeras áreas existe cooperação efetiva entre EUA E China: na luta contra o terrorismo, na tentativa de conter a proliferação de armas de destruição em massa ou na luta contra a crise financeira. A realidade é que, por mais que essas duas economias disputem o cenário econômico mundial, elas não conseguiriam se sustentar nele sozinhas. A China, desde a década de 2000, tem investido muito fortemente no Tesouro norte-americano e se tornado uma das maiores exportadoras para a América. Isso, de maneira prática e simples, significa que é muito do dinheiro da China que estabiliza a economia dos EUA, tanto porque empresta dinheiro ao governo em troca de um tipo de remuneração, com juros (através do investimento no Tesouro), quanto porque faz dinheiro entrar no país (com as exportações). De maneira complementar, é justamente a compra de produtos pelo mercado estadunidense que garante o que chamamos de superávit (altos níveis de exportação) na balança comercial chinesa e a estabiliza como uma das economias que mais exporta. A compra e a venda de produtos são extremamente necessárias, de formas diferentes, para os dois mercados. A questão é complexa: como coordenar uma situação onde se relacionar com um país para garantir a sobrevivência da sua economia é também fazer com que a dele cresça? E como não deixar que esse crescimento te tire de sua posição de poder mundial? É por isso que os EUA parecem esse país tão “indeciso”, que ao mesmo tempo que recebe produtos chineses, acusa o país de violar as regras de mercado, de concorrer de forma “desleal”. É uma relação paradoxal de “cuspir no prato que come”, pois ao mesmo tempo que “se alimenta” dos produtos chineses, acaba por alavancá-los, temendo que sejam superados por eles.

 

E o mais irônico dessa história toda é que foram as próprias potências que, no começo do desenvolvimento de Pequim, se envolveram em uma relação tóxica de dependência. Os EUA tiraram proveito de uma mão de obra de baixo custo e consumo barato, ao mesmo tempo que mandavam suas empresas poluentes para a Ásia. As empresas em território asiático eram oportunidade de emprego ao mesmo tempo que oportunidade de desenvolvimento para um mercado que era novo na economia global. Saldo final e duradouro: nos EUA e China, baixa nos empregos e ataque ao meio ambiente, respectivamente. “Parceria” essa que dura até os dias de hoje, com altos níveis de emissão de carbono e economias dependentes. Contudo, a vantagem mais significante dos EUA em comparação aos chineses é a sua ideologia: enquanto a cultura norte-americana já é facilmente difundida por todo o mundo, a cultura asiática, caracterizada por um maior conservadorismo e tradicionalismo, não encontra tamanha abertura, até porque bate de frente com o “poder do Ocidente”, ou seja, tradições mais liberais. A cultura dos EUA é tão difundida ao redor do mundo que qualquer oposição causa estranheza a um mundo acostumado com liberdades, tanto política quanto econômicas. A penúltima administração dos EUA, pelo ex-presidente Barack Obama, tinha estabelecido canais de diplomacia. Mas o atual presidente Trump parece ter outras ideias para essa relação complexa. Texto completo disponível em: https://www.politize.com.br/eua-e-china-guerra-comercial/ Acesso em: 20 de ago de 2020.

 

1. Quais foram os proveitos obtidos pelas empresas e economia norte-americana em relação a mão de obra chinesa?

 2. Cite os principais aspectos da interdependência entre as economias chinesa e norte-americana.

 

 3. Qual é o principal problema dos EUA ao se tornar parceiro comercial da China?

 

4. "Trata-se, na verdade, de uma tentativa de conciliar o processo de abertura econômica (o estímulo à iniciativa privada, ao capital estrangeiro, à modernização do país) com a manutenção, no plano político, de uma ditadura de partido único."  O texto refere-se ao sistema político-econômico adotado no(a)

a) ( ) EUA

b) ( ) Coréia do Sul.

 c) ( ) Rússia.

d) ( ) China

 DATA ;23/09                  ENTREGA; 30/09

 5. A China, desde meados dos anos setenta, tem passado por grandes transformações sociais e econômicas. Sobre essas transformações, todas as alternativas apresentam características da China atual, EXCETO

a) ( ) A China permanece oficialmente socialista, e o Partido Comunista continua a exercer o controle do poder no país.

b) ( ) A propriedade do Estado continua marcante apesar da expansão dos setores cooperativista e privado.

c) ( ) Os ramos vitais da indústria, os bancos, as ferrovias, as telecomunicações e o setor energético continuam sendo controlados pelo Estado.

 d) ( ) O setor agrícola permanece intocável e não foi afetado pelas medidas de modernização da economia de mercado

 

6. Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o protótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. (…).

 Já a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos ‘made in USA’, esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas. (Renato Ortiz, Mundialização e Cultura) O texto ilustra como em certos países produz-se tanto um carro esporte caro e sofisticado, quanto roupas que nem sequer levam uma etiqueta identificando o país produtor.

De fato, tais roupas costumam ser feitas em fábricas — chamadas “maquiladoras” — situadas em zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre têm direitos trabalhistas garantidos.

 A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que

 

 a) ( ) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela aproximação entre um centro rico e uma periferia pobre.

 b) ( ) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de produção dos bens e mercadorias.

c) ( ) reafirma as diferenças entre um centro rico e uma periferia pobre, tanto dentro como fora das fronteiras dos Estados Nacionais.

 d) ( ) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais e do intercâmbio de tecnologia.



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